Quantas vezes essa frase te veio à mente: “Eu sabia que deveria ter feito de outro jeito!” Ou “eu sabia que isso não ia dar certo!” Geralmente, acontece quando sentimos que deveríamos ter feito algo, mas não fizemos e ficamos com a sensação que tomamos a decisão errada.
Eu já passei muito por isso e sempre me perguntava, se eu sabia, por que fiz?! Certa vez, estava dirigindo e um carro estacionado saiu e bateu no meu. Na hora, me prontifiquei para fazer o boletim de ocorrência (b.o.). A mulher do carro disse que não precisaria fazer. Algo dentro de mim estava dizendo que deveria. Meu namorado que estava do meu lado acreditou na mulher e também me sugeriu que não fizesse o (b.o). O final da história você já deve imaginar, ela não se responsabilizou pela batida. Eu ouvi pitacos de quem “não ia pagar a conta” e não ouvi a minha intuição.
Esse foi um exemplo corriqueiro, mas quantas decisões importantes são tomadas e o mantra “Eu sabia” vem na sequência por não termos ouvido nossa voz interior.
Depois que me aprofundei no estudo da intuição eu entendi porque isso acontece! Intuição e razão precisam andar juntas, precisamos treinar essa habilidade que todos temos de intuir. Estamos tendo percepções sutis, todos os dias, mas elas ficam para segundo plano. Isso porque nós fomos ensinados na escola a confiar naquilo que podemos explicar e nossa intuição ficou renegada ao universo do misticismo, e por isso, passível de dúvida.
Mas eu venho de uma família de benzedeiras e, por mais que amasse a ciência, como bióloga, sabia da importância da intuição. Quantas curas presenciei pelas mãos de mulheres que nunca estudaram e que não sabiam explicar o que faziam, mas confiavam que tinham um poder, o qual que era parte dela, que veio sendo passado por gerações e gerações. Elas acessavam “aquela que sabe” dentro delas, uma força de percepção sutil e vital que nos guia por detrás das aparências, pela linguagem do invisível!
Esse “pé nos dois universos”, ciência e benzedeiras, me fez buscar respostas e descobri que temos um corpo intuitivo, que a intuição é uma habilidade real que todos temos. Desde então, venho trabalhando para desvendar o corpo intuitivo e trazer “aquela que sabe” para minha vida. É um caminhar, uma jornada de autodescoberta.
Nosso corpo nos mostra a resposta muito mesmo antes do cérebro entender e formar uma imagem. Ele está alicerçado num sistema binário, sim e não, positivo e negativo, direita e esquerda, contração e expansão, refletindo a própria pulsação do universo. Uma resposta corpórea intuitiva nos diz primeiramente sim ou não, que se pode se manifestar primariamente por conforto ou desconforto. Segundo Deepak Chopra, nós possuímos um sistema chamado Ação Correta Espontânea. Imediatamente antes de uma ação nosso corpo dá sinais de conforto ou desconforto. Essa habilidade vem do coração. Ele possui uma capacidade muito mais precisa de processar informações do que o pensamento racional.
Aquela sensação de que “no fundo eu sabia” vem da memória do que o corpo te orientou antes da decisão. Para perceber isso, o primeiro passo é treinar o estado de presença, onde conseguimos observar os detalhes do que está acontecendo dentro e fora, juntamente com a calmaria da mente. Se quiser perceber a Ação Correta Espontânea, treine parar, respirar, acalmar a mente e ouvir o vazio antes de uma decisão e só observar o seu corpo.
Me fala aqui nos comentários sobre a sua experiência.
Um abraço
Bia
Boa noite Bia,
Seguindo o coração é realmente uma positividade, já perdi algumas coisas, porque não ouvi o meu coração.
Vou lhe dizer algo importante, este ano é o ano das minhas decisões e vou ouvir mais o meu coração.
Obrigado- Francisca Preto